Não existe hora certa para começar uma terapia de casal. O fundamental é
reconhecer a insatisfação e evitar que as crises se tornem crônicas.
"Se os problemas se arrastam há muito tempo, a taxa de sucesso diminui",
diz Ailton Amélio da Silva, professor do Instituto de Psicologia da
Universidade de São Paulo (USP), autor de Relacionamento Amoroso: Como Encontrar sua Metade Ideal e Cuidar Dela
(Publifolha). Na opinião dele, muitos casais adiam por causa da
resistência dos homens - vários têm preconceito e não pensam em
consultar terceiros. Quem procura deve saber que o objetivo do
tratamento não é evitar o divórcio: "A proposta é ajudar o casal a
encontrar uma forma harmônica de se relacionar, mas não há mágica",
explica Margarete Volpi, psicoterapeuta familiar e de casal
especializada em sexualidade. Portanto, assim como existe a
possibilidade de um salto qualitativo no relacionamento, nada impede que
os envolvidos cheguem à conclusão de que serão mais felizes separados.
Nesse caso, mesmo que a dor seja inevitável, é provável que o fim se
mostre menos traumático, pois ambos puderam se expressar e refletir
antes.
Quais as questões mais comuns no consultório? "Uns sofrem de tédio,
outros estão cansados de tanta briga", revela Ailton. Para ele, "a
briga, em si, não é ruim. A forma de brigar é que importa. Se há
desrespeito, os envolvidos mal se ouvem e só querem atacar o outro, aí,
sim, a briga é destrutiva e não leva a nada", alerta. As questões da
comunicação e da sexualidade podem entrar em pauta e as fases de mudança
- como a chegada dos filhos - testam os casais. "Muitas mulheres
reclamam que o marido não assume responsabilidades com a casa e as
crianças. Quando faz a parte dele, a relação melhora", diz o terapeuta. A
infidelidade conjugal também leva muita gente ao consultório. Margarete
conta que, certa vez, atendeu um casal que se dava muito bem na cama e
fora dela até ambos descobrirem que já tinham sidos traídos pelo
parceiro. Numa situação dessas, não cabe ao terapeuta impor uma "atitude
certa" aos pacientes, e sim criar condições para que eles definam os
próprios desejos e refaçam contratos. Segundo Margarete, custo e prazo
da terapia variam muito, mas a média é de seis meses, com sessões
semanais. Na capital paulista, o preço médio vai de 200 a 300 reais por
sessão.
Fonte: http://claudia.abril.com.br/materia/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-terapia-de-casal-3930/?p=/amor-e-sexo/relacionamentos
Tulio Arakelian Alves Cunha - Psicoterapeuta. Contato: 11 97631-7579 Agende sua consulta. psicólogo, psicologia, terapia, zona norte, Santana.
segunda-feira, 31 de março de 2014
sexta-feira, 28 de março de 2014
O que fazer quando a timidez vira doença
Você morre de vergonha de levantar a mão e fazer uma pergunta em sala de
aula? Odeia ter de apresentar os resultados da empresa numa reunião da
diretoria? Quando vai a uma festa, fica num canto e evita falar com
desconhecidos? Na rua, abaixa os olhos ao passar por estranhos? Será que
você é apenas tímido ou tem uma tremenda dificuldade de se relacionar e
de se expor na frente dos outros? Como saber quando a timidez passa do
ponto?
Um dos limites claros da timidez excessiva é uma condição conhecida como fobia social. Em casos extremos, a pessoa pode até passar mal numa situação em que se sente exposta ou avaliada publicamente. Para ela, dar uma aula, se manifestar numa reunião e até mesmo assinar um simples talão de cheque ou teclar a senha do cartão na frente de desconhecidos pode ser um verdadeiro martírio.
Sensações e sintomas como medo de errar, perda de controle, taquicardia, tremores, transpiração excessiva, tosse, falta de ar, tontura, enjoo, vômitos e até desmaios podem acontecer. Tudo isso é resultado de uma crise de ansiedade, desencadeada por uma resposta desproporcional diante de uma ameaça imaginária. É como se alguém se sentisse julgado ou criticado o tempo todo. Uma espécie de fantasia de que é uma farsa que será descoberta a qualquer momento. Como resultado, o fóbico social pode passar a evitar situações em que sabe que se sentirá exposto.
Não é incomum que seu desempenho na escola, na faculdade ou no emprego fique prejudicado, que ele evite festas e confraternizações e que deixe de fazer compras quando não está acompanhado. Essas são algumas de muitas outras limitações de que o fóbico social sofre.
Na tentativa de controlar ou reduzir a ansiedade, esse tipo de fobia pode levar ao abuso de álcool, maconha, cigarro ou calmantes. Sintomas depressivos e outros distúrbios de ansiedade podem, também, estar mais presentes na vida dos fóbicos sociais.
Em tempos de internet, muitos deles (como também os tímidos) podem passar horas na frente do computador, usando redes sociais para mediar seus contatos com os outros. O risco é a vida on-line ganhar o lugar dos contatos reais, já que a sensação de ser avaliado tende a diminuir do outro lado da tela.
É importante que pessoas que enfrentam as limitações que a fobia social impõe à vida procurem a ajuda de psiquiatras ou psicólogos. No tratamento, pode ser necessário o uso de medicamentos como antidepressivos, para o controle da ansiedade e de outros sintomas. A terapia pode modular a resposta à ansiedade, dar maior segurança e garantir um cotidiano mais tranquilo.
Autor: JAIRO BOUER
Fonte: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/jairo-bouer/noticia/2013/11/o-que-fazer-quando-btimidez-vira-doencab.html
Um dos limites claros da timidez excessiva é uma condição conhecida como fobia social. Em casos extremos, a pessoa pode até passar mal numa situação em que se sente exposta ou avaliada publicamente. Para ela, dar uma aula, se manifestar numa reunião e até mesmo assinar um simples talão de cheque ou teclar a senha do cartão na frente de desconhecidos pode ser um verdadeiro martírio.
Sensações e sintomas como medo de errar, perda de controle, taquicardia, tremores, transpiração excessiva, tosse, falta de ar, tontura, enjoo, vômitos e até desmaios podem acontecer. Tudo isso é resultado de uma crise de ansiedade, desencadeada por uma resposta desproporcional diante de uma ameaça imaginária. É como se alguém se sentisse julgado ou criticado o tempo todo. Uma espécie de fantasia de que é uma farsa que será descoberta a qualquer momento. Como resultado, o fóbico social pode passar a evitar situações em que sabe que se sentirá exposto.
Não é incomum que seu desempenho na escola, na faculdade ou no emprego fique prejudicado, que ele evite festas e confraternizações e que deixe de fazer compras quando não está acompanhado. Essas são algumas de muitas outras limitações de que o fóbico social sofre.
Na tentativa de controlar ou reduzir a ansiedade, esse tipo de fobia pode levar ao abuso de álcool, maconha, cigarro ou calmantes. Sintomas depressivos e outros distúrbios de ansiedade podem, também, estar mais presentes na vida dos fóbicos sociais.
Em tempos de internet, muitos deles (como também os tímidos) podem passar horas na frente do computador, usando redes sociais para mediar seus contatos com os outros. O risco é a vida on-line ganhar o lugar dos contatos reais, já que a sensação de ser avaliado tende a diminuir do outro lado da tela.
É importante que pessoas que enfrentam as limitações que a fobia social impõe à vida procurem a ajuda de psiquiatras ou psicólogos. No tratamento, pode ser necessário o uso de medicamentos como antidepressivos, para o controle da ansiedade e de outros sintomas. A terapia pode modular a resposta à ansiedade, dar maior segurança e garantir um cotidiano mais tranquilo.
Autor: JAIRO BOUER
Fonte: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/jairo-bouer/noticia/2013/11/o-que-fazer-quando-btimidez-vira-doencab.html
segunda-feira, 24 de março de 2014
A construção da carreira profissional na contemporaneidade.
Até bem pouco tempo, os jovens, ao escolherem sua futura profissão,
acreditavam que teriam que escolher algo definitivo, para o resto de
suas vidas e acertarem esta escolha. A ideia de acerto-erro, de vocação
única, de que a escolha profissional é definitiva são mitos que
perduraram até bem pouco tempo e que ainda pairam no imaginário de
muitos jovens, dificultando a construção de sua carreira profissional.
Tais mitos se relacionam a uma visão de carreira já ultrapassada, que
considerava a carreira como uma estrutura pré-determinada, previsível,
estável, linear. O gerenciamento da carreira dependia basicamente do
empregador, da empresa; a carreira era vista como um produto. Na
atualidade esta visão mudou. A carreira nos dias de hoje está
constantemente sujeita a mudanças, transições, rupturas, instabilidade, o
que exige do indivíduo muita flexibilidade e adaptabilidade. A carreira
é um processo, uma estrutura em construção permanente, e cabe ao
indivíduo gerenciá-la (Ribeiro, 2009, 2011).
Como ajudar os jovens a construírem seu projeto profissional na
conjuntura atual? Como assessorá-los no gerenciamento de sua carreira? É
primordial que o indivíduo conheça o mais amplamente possível suas
características, forças e fraquezas, interesses, competências, valores,
conflitos e expectativas relacionados à sua vida profissional e pessoal.
É necessário também conhecer a realidade atual do mundo do trabalho,
novas profissões/ocupações, a interface entre várias delas, as
exigências do mercado de trabalho na contemporaneidade. A partir da
ampliação destes conhecimentos ele terá condições de perceber que
existem muitos caminhos e possibilidades para a sua trajetória
profissional e que em vários deles ele poderá se realizar e ser feliz.
Saber tomar decisões também é muito importante. Estabelecer e analisar
critérios facilita a tomada de decisões assertivas (Neiva, 2013). A
construção e gerenciamento da carreira profissional exige uma revisão
constante de si mesmo, das motivações, objetivos e metas, não só
relacionados à vida profissional, mas também às outras áreas da vida.
Portanto, é recomendável que as pessoas cuidem devidamente de suas
carreiras e busquem ajuda para esta tarefa, quando necessário. Serviços
de Orientação Profissional, Orientação de Carreira, Coaching estão
disponíveis no mercado e seus resultados geram crescimento e
amadurecimento para a tomada de decisões profissionais.
O bem estar profissional é responsabilidade de cada um de nós e ele contribui para a nossa saúde e qualidade de vida.Autora: Kathia Maria Costa Neiva
Link: http://www.vetoreditora.com.br/noticia_detalhe.asp?idJetinfo=7733
quarta-feira, 19 de março de 2014
O que é transtorno bipolar?
O Transtorno Bipolar (TB) é caracterizado por alterações de humor que
se manifestam como episódios depressivos alternando-se com episódios de
euforia (também denominados de mania), em diversos graus de
intensidade. É uma condição médica freqüente. O TB tipo I, que se
caracteriza pela presença de episódios de depressão e de mania, ocorre
em cerca de 1% da população geral. Considerando-se os quadros mais
brandos do que hoje se denomina “espectro bipolar”, como o Transtorno
Bipolar tipo II (caracterizado pela alternância de depressão e episódios
mais leves de euforia - hipomania), a prevalência pode chegar a até 8%
da população. Assim, estima-se que cerca de 1,8 a 15 milhões de
brasileiros sejam portadores do TB, nas suas diferentes formas de
apresentação.
A base genética do TB é bem estabelecida: 50% dos portadores
apresentam pelo menos um familiar afetado, e filhos de portadores
apresentam risco aumentado de apresentar a doença, quando comparados com
a população geral.
O TB acarreta incapacitação e grave sofrimento para os portadores
e suas famílias. Dados da Organização Mundial de Saúde, ainda na década
de 1990, evidenciaram que o TB foi a sexta maior causa de incapacitação
no mundo. Estimativas indicam que um portador que desenvolve os
sintomas da doença aos 20 anos de idade, por exemplo, pode perder 9 anos
de vida e 14 anos de produtividade profissional, se não tratado
adequadamente.
A mortalidade dos portadores de TB é elevada, e o suicídio é a
causa mais freqüente de morte, principalmente entre os jovens. Estima-se
que até 50% dos portadores tentem o suicídio ao menos uma vez em suas
vidas e 15% efetivamente o cometem. Também doenças clínicas como
obesidade, diabetes, e problemas cardiovasculares são mais freqüentes
entre portadores de Transtorno Bipolar do que na população geral. A
associação com a dependência de álcool e drogas não apenas é comum (41%
de dependência de álcool e 12% de dependência de alguma droga ilícita),
como agrava o curso e o prognóstico do TB, piora a adesão ao tratamento e
aumenta em duas vezes o risco de suicídio.
O início dos sintomas na infância e na adolescência é cada vez
mais descrito e, em função de peculiaridades na apresentação clínica, o
diagnóstico é difícil. Não raramente as crianças recebem outros
diagnósticos, o que retarda a instalação de um tratamento adequado. Isso
tem conseqüências devastadoras, pois o comportamento suicida pode
ocorrer em 25% dos adolescentes portadores de TB.
O tratamento adequado do TB reduz a incapacitação e a mortalidade
dos portadores. Em linhas gerais, inclui necessariamente a prescrição
de um ou mais estabilizadores do humor em associação (carbonato de
lítio, ácido valpróico/valproato de sódio/divalproato de sódio,
lamotrigina, carbamazepina, oxcarbazepina). A associação de
antidepressivos (de diferentes classes) e de antipsicóticos (em especial
os de segunda geração como risperidona, olanzapina, quetiapina,
ziprasidona, aripiprazol) pode ser necessária para o controle de
episódios de depressão e de mania.
Fonte: http://www.abtb.org.br
terça-feira, 18 de março de 2014
O que é o TOC e quais são os seus sintomas
Medos exagerados de se contaminar, lavar
as mãos a todo o momento, revisar diversas vezes a porta, o fogão ou o
gás ao sair de casa, não usar roupas vermelhas ou pretas, não passar em
certos lugares com receio de que algo ruim possa acontecer depois, ficar
aflito por que as roupas não estão bem arrumadas no guarda-roupa, ou os
objetos não estão exatamente no lugar em que deveriam estar, são alguns
exemplos de sintomas característicos de um transtorno: o transtorno
obsessivo-compulsivo ou TOC e que são popularmente conhecidos como
"manias" (de limpeza, de verificar as portas, de arrumação).
O que é o TOC
O TOC é um transtorno mental caracterizado pela presença de obsessões, compulsões ou ambas. As obsessões
são pensamentos, impulsos ou imagens indesejáveis e involuntários, que
invadem a consciência causando acentuada ansiedade ou desconforto e
obrigando o indivíduo a executar rituais ou compulsões
que são atos físicos ou mentais realizados em resposta às obsessões, com
a intenção de afastar ameaças (contaminação, a casa incendiar),
prevenir possíveis falhas ou simplesmente aliviar um desconforto físico.
No TOC os indivíduos procuram ainda evitar o contado com determinados
lugares (por exemplo, banheiros públicos, hospitais, cemitérios),
objetos que outras pessoas tocam (dinheiro, telefone público, maçanetas)
ou até mesmo pessoas (mendigos, pessoas com algum ferimento) como forma
de obter alívio dos seus medos e preocupações. São as evitações.
Os sintomas do TOC
Uma das características intrigantes do
TOC é a diversidade dos seus sintomas (medos de contaminação/lavagens,
dúvidas excessivas seguidas de verificações, preocupação exagerada com
ordem/simetria ou exatidão, pensamentos de conteúdo inaceitável
(violência, sexuais, ou blasfemos), compulsão por armazenar objetos sem
utilidade e dificuldade em descarta-los - ou colecionismo). Um mesmo
indivíduo pode apresentar uma diversidade de sintomas, embora geralmente
exista um que predomine.
O diagnóstico do TOC
Para que seja estabelecido o
diagnóstico de TOC é necessário que as obsessões ou compulsões consumam
um tempo razoável (por exemplo, tomam mais de uma hora por dia) ou
causem desconforto clinicamente significativo, ou comprometam a vida
social, ocupacional, acadêmica ou outras áreas importantes do
funcionamento do indivíduo. Os sintomas obsessivo-compulsivos não podem
ser atribuídos ao efeito fisiológico direto de uma substancia (p.ex.
droga de abuso ou a uma medicação) ou a outra condição médica como
doenças psiquiátricas, que também podem ter entre seus sintomas -
obsessões e ou compulsões (por exemplo: dependência a drogas, comer
compulsivo, jogo patológico). As obsessões e compulsões também não
podem ser consequência de doenças neurológicas.
Epidemiologia
Considerado raro até a pouco tempo, o
TOC é um transtorno mental bastante comum, acometendo aproximadamente um
em cada 40 a 60 indivíduos ou ao redor de 2,5% das pessoas ao longo da
vida, ou ao redor de 1% em determinado momento. No Brasil, é provável
que existam ao redor de 2 milhões de indivíduos com o transtorno. Seu
início em geral é na adolescência mas, não raro, na infância. Os
sintomas podem ser de intensidade leve, mas não raro são muito graves e
até incapacitantes. O TOC tende a ser crônico, com os sintomas crescendo
ou diminuindo de intensidade ao longo do tempo. Se não tratado pode
acompanhar o indivíduo ao longo de toda a sua vida, pois raramente
melhora espontaneamente.
Fonte: http://www.ufrgs.br
quinta-feira, 13 de março de 2014
Excesso de agressividade pode ser doença
A agressividade é inerente
ao ser humano e representa uma maneira de se proteger contra ameaças
externas. Quando ela é excessiva, foge ao controle, torna-se
destrutiva; causa problemas nas relações pessoais,
profissionais e na qualidade de vida do indivíduo, pode então
ser considerada uma doença.
A agressividade impulsiva – presente nas pessoas com Transtorno
Explosivo Intermitente - é caracterizada pela instabilidade
afetiva (descontrole das emoções) gerando comportamentos
de risco, principalmente com manifestações de violência.
O portador do Transtorno Explosivo Intermitente não consegue resistir aos seus impulsos agressivos, o que o leva a cometer graves ataques físicos a outros e destruição de objetos ou propriedades. Seu grau de agressividade é totalmente desproporcional aos estímulos que a desencadearam. Nas pessoas com esse transtorno, os atos de agressividade não são premeditados e elas sentem-se responsáveis por seus comportamentos, demonstrando após os mesmos arrependimento, vergonha, culpa e tristeza.
Os critérios diagnósticos do DSM IV para Transtorno Explosivo Intermitente são:
a. Diversos episódios distintos de fracasso em resistir a impulsos agressivos, resultando em atos agressivos ou destruição de propriedades.
b. O grau de agressividade expressa durante os episódios está nitidamente fora de proporção com quaisquer estressores psicossociais desencadeantes.
c. Os episódios agressivos não são mais bem explicados por outro transtorno mental (por ex: Transtorno da Personalidade Antissocial, Transtorno da Personalidade Borderline, Episódio Maníaco, Transtorno da Conduta ou Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade); nem se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex: droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral (por ex: traumatismo craniano, doença de Alzheimer).
Como são os epsisódios de agressividade
Os episódios de agressividade voltam a acontecer, pois a pessoa não consegue resistir aos impulsos que a levam a adotar esse comportamento. Esse circuito ocorre do seguinte modo: há um período de tensão que precede o comportamento violento e, após o mesmo, segue-se uma sensação de alívio. Dessa maneira, o comportamento agressivo ocorre para aliviar o desconforto dessa tensão.
O surgimento dos ataques de agressividade são repentinos e podem ter uma duração média de 20 a 30 minutos. Portadores desse transtorno relatam sensações físicas de fadiga, forte tensão, formigamento, tremores, palpitações, aperto no peito, tensão nas costas, forte pressão na cabeça, pensamentos raivosos que os levam a fortes impulsos para agir agressivamente. Descrevem: “necessidade de atacar”, “necessidade de ferir”, “pico de adrenalina”, “sangue nos olhos” ou “vontade de matar alguém” e relatam alívio da tensão após o ato agressivo.
O Transtorno Explosivo Intermitente parece raro. Não existem muitos estudos ou pesquisas sobre ele para fazer essa afirmação com total confiança. Nota-se que o comportamento violento episódico é mais comum entre homens do que em mulheres. Os elevados níveis de testosterona (hormônio masculino) poderiam evidenciar o comportamento impulsivo de agressão nos homens. Nas mulheres as oscilações hormonais que precedem o ciclo menstrual, poderiam igualmente ressaltar a agressividade.
Indivíduos com esse transtorno podem ter inúmeras consequências negativas em sua vida, tais como: perda de emprego, suspensão ou expulsão escolar, divórcio, dificuldades nos relacionamentos interpessoais, acidentes (por ex. de automóvel), hospitalização (por ex. em função de ferimentos sofridos em lutas ou acidentes) ou detenções legais.
Na causa desse transtorno estão presentes fatores biológicos, psíquicos, sociais e ambientais.
As causas biológicas estão relacionadas a um problema na transmissão da serotonina e alterações nas regiões cerebrais ligadas à emoção, memória e responsáveis pelo planejamento e controle dos impulsos.
Sabe-se que pessoas portadoras do Transtorno Explosivo Intermitente pertencem a famílias instáveis, nas quais há a dependência de álcool e/ou drogas, explosões verbais e abusos físicos e/ou emocionais. Acredita-se que tenham presenciado os pais (ou um deles), irmãos mais velhos ou outros familiares agindo dessa maneira explosiva e violenta.
A razão pela qual se deve buscar tratamento para essa doença, é conseguir auxílio antes que a pessoa tenha se colocado em situações como: suspensão ou expulsão escolar, demissão, prisão ou outros problemas legais, hospitalizações, etc.
Uma vez que a pessoa engaja-se nesses comportamentos, torna-se mais difícil cessar esse “efeito dominó”. Em virtude do estrago que acontece à própria vida dos portadores, bem como às pessoas com as quais convivem, deve-se adotar tratamento médico e psicológico para reduzir a intensidade e frequência desses episódios violentos, devolvendo uma melhor qualidade de vida a esses indivíduos.
quarta-feira, 12 de março de 2014
A diferença entre medo e fobia
Você tem medo de escuro ou passa tremendamente mal só de ver a figura
de uma barata na página de um livro? Então saiba então que as duas
situações são bastante distintas.
De acordo com Rita Calegari, chefe do departamento de psicologia
do Hospital São Camilo-Pompeia, na zona oeste da capital paulista, medo
é uma reação de autopreservação. "Ele não deve ser combatido e
eliminado. É desejável, saudável e importante para nossa sobrevivência",
explica.
Existem, no entanto, aqueles que não têm medo. "Trata-se de um
transtorno de humor, seus portadores são bipolares (têm duas
polaridades: uma de depressão e outra de agitação psicomotora). A pessoa
perde a noção do medo e do perigo", avisa Luiz Gonzaga Leite, chefe do
departamento de psicologia do Hospital Santa Paula, em São Paulo, e
doutor em psicologia pela PUC-SP.
Já a fobia, segundo Rita, é semelhante ao medo, mas nela existe
um nível de ansiedade que interfere na vida cotidiana da pessoa. "Muitos
que sofrem de fobia não a interpretam como doença, mas como falha do
caráter e da personalidade. O fóbico reconhece que seu medo é excessivo,
mas não consegue controlá-lo", enfatiza.
Rita explica que a fobia envolve transtorno de ansiedade em
algum nível. De acordo com a profissional, para tratar tanto esse mal
quanto a Síndrome do Pânico são necessários medicamentos como
antidepressivos e ansiolíticos. "A Síndrome do Pânico é um transtorno
involuntário. O indivíduo tem um mal-estar súbito, que envolve
taquicardia, sudorese, tremores, vertigens e sensação de desmaio. É um
mal de difícil diagnóstico, pois até a pessoa chegar ao hospital, esses
sintomas já passaram. Ela faz exames que não apontam nada. Essa síndrome
provoca um grande impacto na rotina do paciente, pois ele não tem como
prever quando vai acontecer".
Rita complementa que, tanto na Síndrome do Pânico quanto nos
casos de fobia, o tratamento é feito com ansiolíticos e antidepressivos,
além de terapia.
Perfil - Leite esclarece que as fobias atingem 10% da população.
Na maioria das vezes, ele adverte, os fóbicos são inteligentes,
responsáveis, sensíveis, com certa tendência a serem detalhistas e
controladores. "Essas pessoas passaram, em algum momento de suas vidas,
por alguma experiência de morte. São indivíduos metódicos, sistemáticos e
controladores", diz Rita. "Eles têm ideia de controle através de
rituais, gestos, tiques, não conseguem nomear o que estão sentindo. Eles
criam rituais e acreditam que estão dominando a situação", acrescenta
Leite.
De acordo com Rita, muitas vezes esses transtornos surgem diante
de algum fato estressante que ocorre na vida do paciente. "Por isso é
importante não desprezar sintomas, quanto antes o problema for
diagnosticado, melhor.
AS FOBIAS MAIS COMUNS
1. Claustrofobia - mede de lugares fechados, como ambientes pouco
ventilados, túneis, elevadores e até equipamentos de ressonância
magnética e de tomografia;
2. Eritrofobia - medo de sangue;
3. Agorafobia - medo de lugares cheios de gente como shoppings centers, locais de shows, ruas de comércio e estádios;
4. Hidrofobia - medo de água, de entrar no mar e em piscinas;
5. Glossofobia - medo de falar para plateias;
6. Amaxofobia - medo de andar de carro;
7. Hipsiofobia - medo de altura;
8. Medo de animais domésticos, como gato e cachorro;
9. Medo de insetos ou animais peçonhentos;
10. Fobia social - É facilmente confundida com timidez. A pessoa
tem medo de se expor, evita contato social e estar em evidência. Esses
indivíduos têm dificuldade de envolvimento amoroso. Trata-se de uma
timidez patológica;
Fonte: http://www.abril.com.br/noticias/geral/diferenca-medo-fobia-289779.shtml
Fonte: http://www.abril.com.br/noticias/geral/diferenca-medo-fobia-289779.shtml
terça-feira, 11 de março de 2014
Separação dos Pais
Muito antes de ocorrer a separação física dos pais, ocorre a
separação emocional que, em muitos casos, leva a desentendimentos,
desencontros, quando não, às agressões físicas e à violência
psicológica.
A criança que presencia estas cenas sofre muito,
pois trata-se das pessoas que mais ama e necessita. Até mesmo bebês
muito novos, embora não tendo compreensão da situação, conseguem
captar a tensão do ambiente familiar e "saber" que algo está muito
errado, expressando seus sentimentos através do choro e agitação,
inclusive com alteração dos batimentos cardíacos e aumento da
pressão arterial.
Em todos os casos, mesmo percebendo a
infelicidade dos pais, a separação é sempre um impacto muito
doloroso e profundo, que deixa marcas.
As crianças em idade
pré-escolar parecem ser as mais atingidas aos efeitos negativos da
separação, porque seu desenvolvimento cognitivo ainda não lhes
permite compreender o que está acontecendo.
Assim, bebês até
dois anos podem desenvolver atitudes mais medrosas e certa
regressão, enquanto crianças de quatro e cinco anos podem fantasiar a
separação como temporária, tal e qual quando brigam com seus
amiguinhos e depois fazem as pazes. Mas, a criança de cinco e seis
anos, tende a se sentir culpada, como se tivesse feito ou pensado
algo muito errado e por isso os pais brigaram e vão se separar.
Desenvolve, então, um sentimento de responsabilidade pela
reconciliação dos pais, muitas vezes apresentando atitudes de
autopunição, como se merecesse sofrer por ter falhado.
A
criança em idade escolar tem compreensão melhor dos problemas
paternos e das razões para a separação, embora muitas vezes sinta-se
abandonada e com raiva deles. Em muitos casos, o rendimento escolar
é prejudicado e surgem problemas de comportamento em casa e na escola,
torna-se impulsiva, desrespeitando as regras familiares, ao mesmo
tempo que demonstra maior dependência e ansiedade.
Os
conflitos conjugais e a separação colocam os pais num tal estado de
preocupação e perturbação, que fica difícil dar assistência
emocional aos filhos, agravando ainda mais o desespero, a angústia e
a insegurança deles.
O primeiro ano após a separação é o mais
devastador e crucial para todos. Seja qual for a figura parental que
obteve a custódia dos filhos, os problemas se acirram com muita
intensidade até aproximadamente o segundo ano quando, então, podem
começar a declinar.
É que com a separação, os pais encontram
novos problemas e dificuldades ante a administração e adaptação
da nova vida. Geralmente decai o orçamento doméstico o que acarreta
mais mudanças significativas em todo o contexto familiar, intensificando
a frustração, mágoa e raiva. O filho sente falta da presença da
figura parental ausente, enquanto aquele que ficou com a custódia
tende a ser mais frio e insensível com a criança, por vezes não
impondo limites em seu comportamento ou, ao contrário, castigando-a por
qualquer motivo pela dificuldade de se comunicar com ela e lhe dar
apoio.
De um modo geral, as crianças podem ficar deprimidas,
tristes, desobedientes, apresentar comportamentos mais agressivos e
rebeldes, insônia, pesadelos, alterações do apetite, dificuldade de
concentração e perda do interesse pela vida social.
Mas, se a
separação é tão nociva para a criança, a manutenção de uma relação
infeliz, quando as figuras parentais apresentam hostilidade e
agressão entre si, chegando a gerar tensões quase insuportáveis, é
muito mais prejudicial à saúde física e mental da criança.
Presenciando estas atitudes e comportamentos dos pais, aprende que
os conflitos e problemas devem ser resolvidos com agressividade e
intolerância. Assim, viver apenas com um dos pais, é a solução mais
adequada e saudável.
A longo prazo, alguns filhos de pais
separados podem tornar-se mais ansiosos, com grande dificuldade em
manter relacionamentos amigáveis ou amorosos, por medo de serem
traídos, magoados e abandonados.
Muitas crianças, ao contrário,
conseguem superar a perda do pai com quem não estão vivendo, a perda
das rotinas familiares e suas tradições, e a segurança de se sentir
amadas e cuidadas por ambos os pais. Apresentam, também, maior
capacidade adaptativa ante as mudanças que se fizeram necessárias.
O
modo como cada uma se ajustará à separação, depende diretamente de
como os pais lidam com o fato, como interagem entre si e com ela,
antes e depois da separação.
Muitos pais deixam de informar seus
filhos, pois acreditam que não vão entender por serem muito novos.
Entretanto, a criança de qualquer idade capta que uma mudança está
ocorrendo e percebe o clima cheio de tensão. Assim, usando uma
linguagem adequada à idade de cada uma, ambos os pais devem
informá-la da decisão tomada, sem entrar em detalhes que poderiam
confundi-la muito mais que ajudá-la, além do quê, seria uma carga
muito pesada para ela carregar num momento em que está tão
necessitada de apoio emocional.
As crianças também precisam
saber que não causaram a separação, para que se evite uma
culpabilidade sem sentido e prejudicial.
Os pais devem explicar
os arranjos da custódia para que não se sintam abandonadas e poderem
se reassegurar de que continuarão a receber seus cuidados e amor,
mesmo daquele que se ausentará do lar. Devem encorajar seus filhos a
expressar seus sentimentos, sem julgamento e com compreensão, para
que possam aprender a lidar com eles. Se a criança apresentar
dificuldade em se expressar, os pais podem ajudá-la, admitindo seus
próprios sentimentos de tristeza, raiva e confusão.
Pais
separados não precisam ser amigos, porém, devem manter atitudes de
respeito e auto-controle quando em presença dos filhos, principalmente
as de apoio em questões que se relacionam com a educação e
disciplina.
Finalizando, a criança tem necessidade de saber e de
ser tranqüilizada para que possa sentir, de modo especial, que
pertence aos pais e que deve começar a pensar neles como pessoas
separadas. Os pais devem se expressar calmamente para ajudá-la a
acalmar sua angústia e medo. Explicar que os adultos podem cometer
erros como eles também cometeram, e que faz parte de seu crescimento
um dia aceitar o fato de que são apenas seres humanos e, portanto,
não são perfeitos como ela fantasiou. Assegurá-la que, a despeito
das brigas e desavenças, sempre a amarão.
Um dado
importantíssimo é que o pai ou a mãe que estiver com a criança, seja
por custódia ou durante as visitas, evite desvalorizar o que está
ausente, mantendo sempre atitude de respeito e cordialidade, para
que a criança possa manter um desenvolvimento mais adequado e
maduro.
Quanto mais os pais tomarem consciência de que são
responsáveis pelo bem-estar físico e emocional de seus filhos, a
despeito da separação, maiores as possibilidades de um futuro
satisfatório para eles, pois as crianças dependem dos pais e se
formam através deles.
Ana Maria Morateli da Silva Rico - Psicóloga
Fonte: http://guiadobebe.uol.com.br/separacao-dos-pais/
segunda-feira, 10 de março de 2014
O que é Psicoterapia
A psicoterapia é um espaço para uma conversa e escuta
diferenciada daquelas que temos no dia a dia com amigos e parentes sobre nossas
dúvidas, sofrimentos. Neste espaço na cabe julgamento ou opiniões pessoais a
cerca das situações que são expostas, assim como respostas prontas para cada
uma delas.
A partir da criação de uma relação de confiança e respeito,
dá-se este processo onde o objetivo principal é a busca do sentido para as
questões trazidas e debatidas ao longo dos atendimentos, de modo que nesta
reflexão a pessoa possa apropriar-se de seu modo de ser e ter instrumentos para
levar sua vida da melhor forma para si.
Da responsabilidade do Psicólogo, segundo o disposto na
resolução do N.º 010/00 de 20 de dezembro de 2000, do CFP (Conselho Federal de
Psicologia), no artigo 1º:
"Psicoterapia é prática do psicólogo por se constituir, técnica e conceitualmente, um processo científico de compreensão, análise e intervenção que se realiza através da aplicação sistematizada e controlada de métodos e técnicas psicológicas reconhecidos pela ciência, pela prática e pela ética profissional, promovendo a saúde mental e propiciando condições para o enfrentamento de conflitos e/ou transtornos psíquicos de indivíduos ou grupos."
sexta-feira, 7 de março de 2014
Estresse ou Stress
As pessoas podem
apresentar sintomas relacionados ao estresse de forma diferenciada, pois a
vulnerabilidade psicológica varia, de acordo com a estrutura psíquica de cada
indivíduo. Além disso, segundo Jack Barchas, neuroquímico da Universidade de
Stanford, “há um constante entrelaçamento dos sintomas de estresse. É como
se fosse uma sinfonia de diferentes instrumentos musicais, tocando, porém a
mesma música”. O papel do estresse em doenças clínicas, muitas vezes, não é
claro. Muitos sintomas, da dor de cabeça às palpitações, podem ser
relacionados ao estresse, a uma doença física ou, freqüentemente a uma
combinação de ambos. Da mesma forma, algumas vezes, um sintoma que surge num
momento de grande estresse, como uma dor abdominal, pode eventualmente
progredir para uma úlcera ou uma colite.
Estudos científicos
indicam que as pessoas adoecem com mais freqüência quando estão
estressadas. No caso de uma separação ou perda de emprego por exemplo, baixam
as defesas de imunidade do indivíduo e ele pode, mais facilmente, contrair
doenças. Sabe-se que sete segundos após perceber a causa o indivíduo
automaticamente se prepara para reagir fisicamente à situação: a pressão
sobe, o coração pulsa mais rápido, a respiração se torna mais pesada e rápida,
os músculos se contraem e as mãos e pés se tornam frios e suados. Estas são, no
entanto, naturais reações físicas que ocorrem espontaneamente. Porém, se forem
mantidas por períodos prolongados ou freqüentes, o estresse tenderá a se tornar
crônico e o indivíduo pagará um preço bastante alto por essa adaptação
biológica natural: pressão alta, derrame, infarto, enxaqueca, insônia e
depressão são alguns dos problemas mais comuns que atualmente decorrem de seu
nível de estresse.
Geralmente, os sintomas
são um sinal de alerta para que a pessoa concentre sua energia para
restabelecer o equilíbrio entre a mente e o corpo. Por esta razão, estar atento
aos possíveis sintomas de estresse é uma atitude saudável e preventiva para
todos aqueles que no atual contexto do mundo moderno estão sujeitos a situações
estressantes.
Entre os principais
sintomas do estresse, destacam-se: sinais de cansaço, tristeza, dor de cabeça,
grande agitação, constantes crises de tensão e angústia; diminuição da
produtividade, isolamento, mau humor, medo, colite, sudorese intensa,
irritação, incapacidade de domínio sobre as emoções, etc...
Em síntese, o estresse
realmente existe e afeta sua vida, por isto fique atento aos sintomas, as
reações orgânicas e psíquicas que anunciam problemas físicos e emocionais.
Fonte:
Revista Veja. À beira de um ataque de nervos. nº 8,
26/02/97, p.95.
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