segunda-feira, 31 de março de 2014

Tudo o que você precisa saber sobre terapia de casal

Não existe hora certa para começar uma terapia de casal. O fundamental é reconhecer a insatisfação e evitar que as crises se tornem crônicas. "Se os problemas se arrastam há muito tempo, a taxa de sucesso diminui", diz Ailton Amélio da Silva, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), autor de Relacionamento Amoroso: Como Encontrar sua Metade Ideal e Cuidar Dela (Publifolha). Na opinião dele, muitos casais adiam por causa da resistência dos homens - vários têm preconceito e não pensam em consultar terceiros. Quem procura deve saber que o objetivo do tratamento não é evitar o divórcio: "A proposta é ajudar o casal a encontrar uma forma harmônica de se relacionar, mas não há mágica", explica Margarete Volpi, psicoterapeuta familiar e de casal especializada em sexualidade. Portanto, assim como existe a possibilidade de um salto qualitativo no relacionamento, nada impede que os envolvidos cheguem à conclusão de que serão mais felizes separados. Nesse caso, mesmo que a dor seja inevitável, é provável que o fim se mostre menos traumático, pois ambos puderam se expressar e refletir antes.
Quais as questões mais comuns no consultório? "Uns sofrem de tédio, outros estão cansados de tanta briga", revela Ailton. Para ele, "a briga, em si, não é ruim. A forma de brigar é que importa. Se há desrespeito, os envolvidos mal se ouvem e só querem atacar o outro, aí, sim, a briga é destrutiva e não leva a nada", alerta. As questões da comunicação e da sexualidade podem entrar em pauta e as fases de mudança - como a chegada dos filhos - testam os casais. "Muitas mulheres reclamam que o marido não assume responsabilidades com a casa e as crianças. Quando faz a parte dele, a relação melhora", diz o terapeuta. A infidelidade conjugal também leva muita gente ao consultório. Margarete conta que, certa vez, atendeu um casal que se dava muito bem na cama e fora dela até ambos descobrirem que já tinham sidos traídos pelo parceiro. Numa situação dessas, não cabe ao terapeuta impor uma "atitude certa" aos pacientes, e sim criar condições para que eles definam os próprios desejos e refaçam contratos. Segundo Margarete, custo e prazo da terapia variam muito, mas a média é de seis meses, com sessões semanais. Na capital paulista, o preço médio vai de 200 a 300 reais por sessão.

Fonte: http://claudia.abril.com.br/materia/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-terapia-de-casal-3930/?p=/amor-e-sexo/relacionamentos

sexta-feira, 28 de março de 2014

O que fazer quando a timidez vira doença

Você morre de vergonha de levantar a mão e fazer uma pergunta em sala de aula? Odeia ter de apresentar os resultados da empresa numa reunião da diretoria? Quando vai a uma festa, fica num canto e evita falar com desconhecidos? Na rua, abaixa os olhos ao passar por estranhos? Será que você é apenas tímido ou tem uma tremenda dificuldade de se relacionar e de se expor na frente dos outros? Como saber quando a timidez passa do ponto?

Um dos limites claros da timidez excessiva é uma condição conhecida como fobia social. Em casos extremos, a pessoa pode até passar mal numa situação em que se sente exposta ou avaliada publicamente. Para ela, dar uma aula, se manifestar numa reunião e até mesmo assinar um simples talão de cheque ou teclar a senha do cartão na frente de desconhecidos pode ser um verdadeiro martírio.

Sensações e sintomas como medo de errar, perda de controle, taquicardia, tremores, transpiração excessiva, tosse, falta de ar, tontura, enjoo, vômitos e até desmaios podem acontecer. Tudo isso é resultado de uma crise de ansiedade, desencadeada por uma resposta desproporcional diante de uma ameaça imaginária. É como se alguém se sentisse julgado ou criticado o tempo todo. Uma espécie de fantasia de que é uma farsa que será descoberta a qualquer momento. Como resultado, o fóbico social pode passar a evitar situações em que sabe que se sentirá exposto.

Não é incomum que seu desempenho na escola, na faculdade ou no emprego fique prejudicado, que ele evite festas e confraternizações e que deixe de fazer compras quando não está acompanhado. Essas são algumas de muitas outras limitações de que o fóbico social sofre.

Na tentativa de controlar ou reduzir a ansiedade, esse tipo de fobia pode levar ao abuso de álcool, maconha, cigarro ou calmantes. Sintomas depressivos e outros distúrbios de ansiedade podem, também, estar mais presentes na vida dos fóbicos sociais.

Em tempos de internet, muitos deles (como também os tímidos) podem passar horas na frente do computador, usando redes sociais para mediar seus contatos com os outros. O risco é a vida on-line ganhar o lugar dos contatos reais, já que a sensação de ser avaliado tende a diminuir do outro lado da tela.

É importante que pessoas que enfrentam as limitações que a fobia social impõe à vida procurem a ajuda de psiquiatras ou psicólogos. No tratamento, pode ser necessário o uso de medicamentos como antidepressivos, para o controle da ansiedade e de outros sintomas. A terapia pode modular a resposta à ansiedade, dar maior segurança e garantir um cotidiano mais tranquilo.


Autor: JAIRO BOUER

Fonte: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/jairo-bouer/noticia/2013/11/o-que-fazer-quando-btimidez-vira-doencab.html 

segunda-feira, 24 de março de 2014

A construção da carreira profissional na contemporaneidade.

Até bem pouco tempo, os jovens, ao escolherem sua futura profissão, acreditavam que teriam que escolher algo definitivo, para o resto de suas vidas e acertarem esta escolha. A ideia de acerto-erro, de vocação única, de que a escolha profissional é definitiva são mitos que perduraram até bem pouco tempo e que ainda pairam no imaginário de muitos jovens, dificultando a construção de sua carreira profissional.
 

Tais mitos se relacionam a uma visão de carreira já ultrapassada, que considerava a carreira como uma estrutura pré-determinada, previsível, estável, linear. O gerenciamento da carreira dependia basicamente do empregador, da empresa; a carreira era vista como um produto. Na atualidade esta visão mudou. A carreira nos dias de hoje está constantemente sujeita a mudanças, transições, rupturas, instabilidade, o que exige do indivíduo muita flexibilidade e adaptabilidade. A carreira é um processo, uma estrutura em construção permanente, e cabe ao indivíduo  gerenciá-la  (Ribeiro, 2009, 2011).  

Como ajudar os jovens a construírem seu projeto profissional na conjuntura atual? Como assessorá-los no gerenciamento de sua carreira? É primordial que o indivíduo  conheça o mais amplamente possível suas características, forças e fraquezas, interesses, competências, valores, conflitos e expectativas relacionados à sua vida profissional e pessoal. É necessário também conhecer a realidade atual do mundo do trabalho, novas profissões/ocupações, a interface entre várias delas, as exigências do mercado de trabalho na contemporaneidade. A partir da ampliação destes conhecimentos ele terá condições de perceber que existem muitos caminhos e possibilidades para a sua trajetória profissional e que em vários deles ele poderá se realizar e ser feliz. Saber tomar decisões também é muito importante. Estabelecer e analisar critérios facilita a tomada de decisões assertivas (Neiva, 2013). A construção e gerenciamento da carreira profissional exige uma revisão constante de si mesmo, das motivações, objetivos e metas, não só relacionados à vida profissional, mas também às outras áreas da vida.
 

Portanto, é recomendável que as pessoas cuidem devidamente de suas carreiras e busquem ajuda para esta tarefa, quando necessário. Serviços de Orientação Profissional, Orientação de Carreira, Coaching estão disponíveis no mercado e seus resultados geram crescimento e amadurecimento para a tomada de decisões profissionais.
 
O bem estar profissional é responsabilidade de cada um de nós e ele contribui para a nossa saúde e qualidade de vida.
 
Autora: Kathia Maria Costa Neiva 

Link: http://www.vetoreditora.com.br/noticia_detalhe.asp?idJetinfo=7733

quarta-feira, 19 de março de 2014

O que é transtorno bipolar?


O Transtorno Bipolar (TB) é caracterizado por alterações de humor que se manifestam como episódios depressivos alternando-se com episódios de euforia (também denominados de mania), em diversos graus de intensidade. É uma condição médica freqüente. O TB tipo I, que se caracteriza pela presença de episódios de depressão e de mania, ocorre em cerca de 1% da população geral. Considerando-se os quadros mais brandos do que hoje se denomina “espectro bipolar”, como o Transtorno Bipolar tipo II (caracterizado pela alternância de depressão e episódios mais leves de euforia - hipomania), a prevalência pode chegar a até 8% da população. Assim, estima-se que cerca de 1,8 a 15 milhões de brasileiros sejam portadores do TB, nas suas diferentes formas de apresentação.
A base genética do TB é bem estabelecida: 50% dos portadores apresentam pelo menos um familiar afetado, e filhos de portadores apresentam risco aumentado de apresentar a doença, quando comparados com a população geral.
O TB acarreta incapacitação e grave sofrimento para os portadores e suas famílias. Dados da Organização Mundial de Saúde, ainda na década de 1990, evidenciaram que o TB foi a sexta maior causa de incapacitação no mundo. Estimativas indicam que um portador que desenvolve os sintomas da doença aos 20 anos de idade, por exemplo, pode perder 9 anos de vida e 14 anos de produtividade profissional, se não tratado adequadamente.
A mortalidade dos portadores de TB é elevada, e o suicídio é a causa mais freqüente de morte, principalmente entre os jovens. Estima-se que até 50% dos portadores tentem o suicídio ao menos uma vez em suas vidas e 15% efetivamente o cometem. Também doenças clínicas como obesidade, diabetes, e problemas cardiovasculares são mais freqüentes entre portadores de Transtorno Bipolar do que na população geral. A associação com a dependência de álcool e drogas não apenas é comum (41% de dependência de álcool e 12% de dependência de alguma droga ilícita), como agrava o curso e o prognóstico do TB, piora a adesão ao tratamento e aumenta em duas vezes o risco de suicídio.
O início dos sintomas na infância e na adolescência é cada vez mais descrito e, em função de peculiaridades na apresentação clínica, o diagnóstico é difícil. Não raramente as crianças recebem outros diagnósticos, o que retarda a instalação de um tratamento adequado. Isso tem conseqüências devastadoras, pois o comportamento suicida pode ocorrer em 25% dos adolescentes portadores de TB.
O tratamento adequado do TB reduz a incapacitação e a mortalidade dos portadores. Em linhas gerais, inclui necessariamente a prescrição de um ou mais estabilizadores do humor em associação (carbonato de lítio, ácido valpróico/valproato de sódio/divalproato de sódio, lamotrigina, carbamazepina, oxcarbazepina). A associação de antidepressivos (de diferentes classes) e de antipsicóticos (em especial os de segunda geração como risperidona, olanzapina, quetiapina, ziprasidona, aripiprazol) pode ser necessária para o controle de episódios de depressão e de mania. 

Fonte: http://www.abtb.org.br

terça-feira, 18 de março de 2014

O que é o TOC e quais são os seus sintomas

Medos exagerados de se contaminar, lavar as mãos a todo o momento, revisar diversas vezes a porta, o fogão ou o gás ao sair de casa, não usar roupas vermelhas ou pretas, não passar em certos lugares com receio de que algo ruim possa acontecer depois, ficar aflito por que as roupas não estão bem arrumadas no guarda-roupa, ou os objetos não estão exatamente no lugar em que deveriam estar, são alguns exemplos de sintomas característicos  de  um transtorno: o transtorno obsessivo-compulsivo ou TOC e que são popularmente conhecidos como "manias" (de limpeza, de verificar as portas, de arrumação).

O que é o TOC

O TOC é um transtorno mental caracterizado pela presença de obsessões, compulsões ou ambas. As obsessões são pensamentos, impulsos ou imagens indesejáveis e involuntários, que invadem a consciência causando acentuada ansiedade ou desconforto e obrigando o indivíduo a executar rituais ou compulsões que são atos físicos ou mentais realizados em resposta às obsessões, com a intenção de afastar ameaças (contaminação, a casa incendiar), prevenir possíveis falhas ou simplesmente aliviar um desconforto físico. No TOC os indivíduos procuram ainda evitar o contado com determinados lugares (por exemplo, banheiros públicos, hospitais, cemitérios), objetos que outras pessoas tocam (dinheiro, telefone público, maçanetas) ou até mesmo pessoas (mendigos, pessoas com algum ferimento) como forma de obter alívio dos seus medos e preocupações. São as evitações.

Os sintomas do TOC

Uma das características intrigantes do TOC é a diversidade dos seus sintomas (medos de contaminação/lavagens, dúvidas excessivas seguidas de verificações, preocupação exagerada com ordem/simetria ou exatidão, pensamentos de conteúdo inaceitável (violência, sexuais, ou blasfemos), compulsão por armazenar objetos sem utilidade e dificuldade em descarta-los - ou colecionismo). Um mesmo indivíduo pode apresentar uma diversidade de sintomas, embora geralmente exista um que predomine.

O diagnóstico do TOC

Para  que seja estabelecido o diagnóstico de TOC é necessário que as obsessões ou compulsões consumam um tempo razoável (por exemplo, tomam mais de uma hora por dia) ou causem desconforto clinicamente significativo, ou comprometam a vida social, ocupacional, acadêmica ou outras áreas importantes do funcionamento do indivíduo. Os sintomas obsessivo-compulsivos não podem ser atribuídos ao efeito fisiológico direto de uma substancia (p.ex. droga de abuso ou a uma medicação) ou a outra condição médica como doenças psiquiátricas, que também podem ter entre seus sintomas - obsessões e ou compulsões (por exemplo: dependência a drogas, comer compulsivo, jogo patológico). As obsessões e compulsões também  não podem ser consequência de doenças neurológicas.

Epidemiologia

Considerado raro até a pouco tempo, o TOC é um transtorno mental bastante comum, acometendo aproximadamente um em cada 40  a 60 indivíduos ou ao redor de 2,5% das pessoas ao longo da vida, ou ao redor de 1% em determinado momento. No Brasil, é provável que existam ao redor de 2 milhões de indivíduos com o transtorno. Seu início em geral é na adolescência mas, não raro, na infância. Os sintomas podem ser de intensidade leve, mas não raro são muito graves e até incapacitantes. O TOC tende a ser crônico, com os sintomas crescendo ou diminuindo de intensidade ao longo do tempo. Se não tratado pode acompanhar o indivíduo ao longo de toda a sua vida, pois raramente melhora espontaneamente.

Fonte: http://www.ufrgs.br

quinta-feira, 13 de março de 2014

Excesso de agressividade pode ser doença


A agressividade é inerente ao ser humano e representa uma maneira de se proteger contra ameaças externas. Quando ela é excessiva, foge ao controle, torna-se destrutiva; causa problemas nas relações pessoais, profissionais e na qualidade de vida do indivíduo, pode então ser considerada uma doença.
A agressividade impulsiva – presente nas pessoas com Transtorno Explosivo Intermitente - é caracterizada pela instabilidade afetiva (descontrole das emoções) gerando comportamentos de risco, principalmente com manifestações de violência.

O portador do Transtorno Explosivo Intermitente não consegue resistir aos seus impulsos agressivos, o que o leva a cometer graves ataques físicos a outros e destruição de objetos ou propriedades. Seu grau de agressividade é totalmente desproporcional aos estímulos que a desencadearam. Nas pessoas com esse transtorno, os atos de agressividade não são premeditados e elas sentem-se responsáveis por seus comportamentos, demonstrando após os mesmos arrependimento, vergonha, culpa e tristeza.

Os critérios diagnósticos do DSM IV para Transtorno Explosivo Intermitente são:
a. Diversos episódios distintos de fracasso em resistir a impulsos agressivos, resultando em atos agressivos ou destruição de propriedades.
b. O grau de agressividade expressa durante os episódios está nitidamente fora de proporção com quaisquer estressores psicossociais desencadeantes.
c. Os episódios agressivos não são mais bem explicados por outro transtorno mental (por ex: Transtorno da Personalidade Antissocial, Transtorno da Personalidade Borderline, Episódio Maníaco, Transtorno da Conduta ou Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade); nem se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex: droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral (por ex: traumatismo craniano, doença de Alzheimer).

Como são os epsisódios de agressividade
Os episódios de agressividade voltam a acontecer, pois a pessoa não consegue resistir aos impulsos que a levam a adotar esse comportamento. Esse circuito ocorre do seguinte modo: há um período de tensão que precede o comportamento violento e, após o mesmo, segue-se uma sensação de alívio. Dessa maneira, o comportamento agressivo ocorre para aliviar o desconforto dessa tensão.
O surgimento dos ataques de agressividade são repentinos e podem ter uma duração média de 20 a 30 minutos. Portadores desse transtorno relatam sensações físicas de fadiga, forte tensão, formigamento, tremores, palpitações, aperto no peito, tensão nas costas, forte pressão na cabeça, pensamentos raivosos que os levam a fortes impulsos para agir agressivamente. Descrevem: “necessidade de atacar”, “necessidade de ferir”, “pico de adrenalina”, “sangue nos olhos” ou “vontade de matar alguém” e relatam alívio da tensão após o ato agressivo.
O Transtorno Explosivo Intermitente parece raro. Não existem muitos estudos ou pesquisas sobre ele para fazer essa afirmação com total confiança. Nota-se que o comportamento violento episódico é mais comum entre homens do que em mulheres. Os elevados níveis de testosterona (hormônio masculino) poderiam evidenciar o comportamento impulsivo de agressão nos homens. Nas mulheres as oscilações hormonais que precedem o ciclo menstrual, poderiam igualmente ressaltar a agressividade.
Indivíduos com esse transtorno podem ter inúmeras consequências negativas em sua vida, tais como: perda de emprego, suspensão ou expulsão escolar, divórcio, dificuldades nos relacionamentos interpessoais, acidentes (por ex. de automóvel), hospitalização (por ex. em função de ferimentos sofridos em lutas ou acidentes) ou detenções legais.
Na causa desse transtorno estão presentes fatores biológicos, psíquicos, sociais e ambientais.

As causas biológicas estão relacionadas a um problema na transmissão da serotonina e alterações nas regiões cerebrais ligadas à emoção, memória e responsáveis pelo planejamento e controle dos impulsos.
Sabe-se que pessoas portadoras do Transtorno Explosivo Intermitente pertencem a famílias instáveis, nas quais há a dependência de álcool e/ou drogas, explosões verbais e abusos físicos e/ou emocionais. Acredita-se que tenham presenciado os pais (ou um deles), irmãos mais velhos ou outros familiares agindo dessa maneira explosiva e violenta.

A razão pela qual se deve buscar tratamento para essa doença, é conseguir auxílio antes que a pessoa tenha se colocado em situações como: suspensão ou expulsão escolar, demissão, prisão ou outros problemas legais, hospitalizações, etc.
Uma vez que a pessoa engaja-se nesses comportamentos, torna-se mais difícil cessar esse “efeito dominó”. Em virtude do estrago que acontece à própria vida dos portadores, bem como às pessoas com as quais convivem, deve-se adotar tratamento médico e psicológico para reduzir a intensidade e frequência desses episódios violentos, devolvendo uma melhor qualidade de vida a esses indivíduos.

quarta-feira, 12 de março de 2014

A diferença entre medo e fobia

Você tem medo de escuro ou passa tremendamente mal só de ver a figura de uma barata na página de um livro? Então saiba então que as duas situações são bastante distintas.
De acordo com Rita Calegari, chefe do departamento de psicologia do Hospital São Camilo-Pompeia, na zona oeste da capital paulista, medo é uma reação de autopreservação. "Ele não deve ser combatido e eliminado. É desejável, saudável e importante para nossa sobrevivência", explica.
Existem, no entanto, aqueles que não têm medo. "Trata-se de um transtorno de humor, seus portadores são bipolares (têm duas polaridades: uma de depressão e outra de agitação psicomotora). A pessoa perde a noção do medo e do perigo", avisa Luiz Gonzaga Leite, chefe do departamento de psicologia do Hospital Santa Paula, em São Paulo, e doutor em psicologia pela PUC-SP.
Já a fobia, segundo Rita, é semelhante ao medo, mas nela existe um nível de ansiedade que interfere na vida cotidiana da pessoa. "Muitos que sofrem de fobia não a interpretam como doença, mas como falha do caráter e da personalidade. O fóbico reconhece que seu medo é excessivo, mas não consegue controlá-lo", enfatiza.
Rita explica que a fobia envolve transtorno de ansiedade em algum nível. De acordo com a profissional, para tratar tanto esse mal quanto a Síndrome do Pânico são necessários medicamentos como antidepressivos e ansiolíticos. "A Síndrome do Pânico é um transtorno involuntário. O indivíduo tem um mal-estar súbito, que envolve taquicardia, sudorese, tremores, vertigens e sensação de desmaio. É um mal de difícil diagnóstico, pois até a pessoa chegar ao hospital, esses sintomas já passaram. Ela faz exames que não apontam nada. Essa síndrome provoca um grande impacto na rotina do paciente, pois ele não tem como prever quando vai acontecer".
Rita complementa que, tanto na Síndrome do Pânico quanto nos casos de fobia, o tratamento é feito com ansiolíticos e antidepressivos, além de terapia.
Perfil - Leite esclarece que as fobias atingem 10% da população. Na maioria das vezes, ele adverte, os fóbicos são inteligentes, responsáveis, sensíveis, com certa tendência a serem detalhistas e controladores. "Essas pessoas passaram, em algum momento de suas vidas, por alguma experiência de morte. São indivíduos metódicos, sistemáticos e controladores", diz Rita. "Eles têm ideia de controle através de rituais, gestos, tiques, não conseguem nomear o que estão sentindo. Eles criam rituais e acreditam que estão dominando a situação", acrescenta Leite.
De acordo com Rita, muitas vezes esses transtornos surgem diante de algum fato estressante que ocorre na vida do paciente. "Por isso é importante não desprezar sintomas, quanto antes o problema for diagnosticado, melhor.
AS FOBIAS MAIS COMUNS
1. Claustrofobia - mede de lugares fechados, como ambientes pouco ventilados, túneis, elevadores e até equipamentos de ressonância magnética e de tomografia;
2. Eritrofobia - medo de sangue;
3. Agorafobia - medo de lugares cheios de gente como shoppings centers, locais de shows, ruas de comércio e estádios;
4. Hidrofobia - medo de água, de entrar no mar e em piscinas;
5. Glossofobia - medo de falar para plateias;
6. Amaxofobia - medo de andar de carro;
7. Hipsiofobia - medo de altura;
8. Medo de animais domésticos, como gato e cachorro;
9. Medo de insetos ou animais peçonhentos;
10. Fobia social - É facilmente confundida com timidez. A pessoa tem medo de se expor, evita contato social e estar em evidência. Esses indivíduos têm dificuldade de envolvimento amoroso. Trata-se de uma timidez patológica;

Fonte: http://www.abril.com.br/noticias/geral/diferenca-medo-fobia-289779.shtml

terça-feira, 11 de março de 2014

Separação dos Pais

Muito antes de ocorrer a separação física dos pais, ocorre a separação emocional que, em muitos casos, leva a desentendimentos, desencontros, quando não, às agressões físicas e à violência psicológica.
A criança que presencia estas cenas sofre muito, pois trata-se das pessoas que mais ama e necessita. Até mesmo bebês muito novos, embora não tendo compreensão da situação, conseguem captar a tensão do ambiente familiar e "saber" que algo está muito errado, expressando seus sentimentos através do choro e agitação, inclusive com alteração dos batimentos cardíacos e aumento da pressão arterial.
Em todos os casos, mesmo percebendo a infelicidade dos pais, a separação é sempre um impacto muito doloroso e profundo, que deixa marcas.
As crianças em idade pré-escolar parecem ser as mais atingidas aos efeitos negativos da separação, porque seu desenvolvimento cognitivo ainda não lhes permite compreender o que está acontecendo.
Assim, bebês até dois anos podem desenvolver atitudes mais medrosas e certa regressão, enquanto crianças de quatro e cinco anos podem fantasiar a separação como temporária, tal e qual quando brigam com seus amiguinhos e depois fazem as pazes. Mas, a criança de cinco e seis anos, tende a se sentir culpada, como se tivesse feito ou pensado algo muito errado e por isso os pais brigaram e vão se separar. Desenvolve, então, um sentimento de responsabilidade pela reconciliação dos pais, muitas vezes apresentando atitudes de autopunição, como se merecesse sofrer por ter falhado.
A criança em idade escolar tem compreensão melhor dos problemas paternos e das razões para a separação, embora muitas vezes sinta-se abandonada e com raiva deles. Em muitos casos, o rendimento escolar é prejudicado e surgem problemas de comportamento em casa e na escola, torna-se impulsiva, desrespeitando as regras familiares, ao mesmo tempo que demonstra maior dependência e ansiedade.
Os conflitos conjugais e a separação colocam os pais num tal estado de preocupação e perturbação, que fica difícil dar assistência emocional aos filhos, agravando ainda mais o desespero, a angústia e a insegurança deles.
O primeiro ano após a separação é o mais devastador e crucial para todos. Seja qual for a figura parental que obteve a custódia dos filhos, os problemas se acirram com muita intensidade até aproximadamente o segundo ano quando, então, podem começar a declinar.
É que com a separação, os pais encontram novos problemas e dificuldades ante a administração e adaptação da nova vida. Geralmente decai o orçamento doméstico o que acarreta mais mudanças significativas em todo o contexto familiar, intensificando a frustração, mágoa e raiva. O filho sente falta da presença da figura parental ausente, enquanto aquele que ficou com a custódia tende a ser mais frio e insensível com a criança, por vezes não impondo limites em seu comportamento ou, ao contrário, castigando-a por qualquer motivo pela dificuldade de se comunicar com ela e lhe dar apoio.
De um modo geral, as crianças podem ficar deprimidas, tristes, desobedientes, apresentar comportamentos mais agressivos e rebeldes, insônia, pesadelos, alterações do apetite, dificuldade de concentração e perda do interesse pela vida social.
Mas, se a separação é tão nociva para a criança, a manutenção de uma relação infeliz, quando as figuras parentais apresentam hostilidade e agressão entre si, chegando a gerar tensões quase insuportáveis, é muito mais prejudicial à saúde física e mental da criança. Presenciando estas atitudes e comportamentos dos pais, aprende que os conflitos e problemas devem ser resolvidos com agressividade e intolerância. Assim, viver apenas com um dos pais, é a solução mais adequada e saudável.
A longo prazo, alguns filhos de pais separados podem tornar-se mais ansiosos, com grande dificuldade em manter relacionamentos amigáveis ou amorosos, por medo de serem traídos, magoados e abandonados.
Muitas crianças, ao contrário, conseguem superar a perda do pai com quem não estão vivendo, a perda das rotinas familiares e suas tradições, e a segurança de se sentir amadas e cuidadas por ambos os pais. Apresentam, também, maior capacidade adaptativa ante as mudanças que se fizeram necessárias.
O modo como cada uma se ajustará à separação, depende diretamente de como os pais lidam com o fato, como interagem entre si e com ela, antes e depois da separação.
Muitos pais deixam de informar seus filhos, pois acreditam que não vão entender por serem muito novos. Entretanto, a criança de qualquer idade capta que uma mudança está ocorrendo e percebe o clima cheio de tensão. Assim, usando uma linguagem adequada à idade de cada uma, ambos os pais devem informá-la da decisão tomada, sem entrar em detalhes que poderiam confundi-la muito mais que ajudá-la, além do quê, seria uma carga muito pesada para ela carregar num momento em que está tão necessitada de apoio emocional.
As crianças também precisam saber que não causaram a separação, para que se evite uma culpabilidade sem sentido e prejudicial.
Os pais devem explicar os arranjos da custódia para que não se sintam abandonadas e poderem se reassegurar de que continuarão a receber seus cuidados e amor, mesmo daquele que se ausentará do lar. Devem encorajar seus filhos a expressar seus sentimentos, sem julgamento e com compreensão, para que possam aprender a lidar com eles. Se a criança apresentar dificuldade em se expressar, os pais podem ajudá-la, admitindo seus próprios sentimentos de tristeza, raiva e confusão.
Pais separados não precisam ser amigos, porém, devem manter atitudes de respeito e auto-controle quando em presença dos filhos, principalmente as de apoio em questões que se relacionam com a educação e disciplina.
Finalizando, a criança tem necessidade de saber e de ser tranqüilizada para que possa sentir, de modo especial, que pertence aos pais e que deve começar a pensar neles como pessoas separadas. Os pais devem se expressar calmamente para ajudá-la a acalmar sua angústia e medo. Explicar que os adultos podem cometer erros como eles também cometeram, e que faz parte de seu crescimento um dia aceitar o fato de que são apenas seres humanos e, portanto, não são perfeitos como ela fantasiou. Assegurá-la que, a despeito das brigas e desavenças, sempre a amarão.
Um dado importantíssimo é que o pai ou a mãe que estiver com a criança, seja por custódia ou durante as visitas, evite desvalorizar o que está ausente, mantendo sempre atitude de respeito e cordialidade, para que a criança possa manter um desenvolvimento mais adequado e maduro.
Quanto mais os pais tomarem consciência de que são responsáveis pelo bem-estar físico e emocional de seus filhos, a despeito da separação, maiores as possibilidades de um futuro satisfatório para eles, pois as crianças dependem dos pais e se formam através deles.

Ana Maria Morateli da Silva Rico - Psicóloga

Fonte:  http://guiadobebe.uol.com.br/separacao-dos-pais/

segunda-feira, 10 de março de 2014

O que é Psicoterapia




A psicoterapia é um espaço para uma conversa e escuta diferenciada daquelas que temos no dia a dia com amigos e parentes sobre nossas dúvidas, sofrimentos. Neste espaço na cabe julgamento ou opiniões pessoais a cerca das situações que são expostas, assim como respostas prontas para cada uma delas.


A partir da criação de uma relação de confiança e respeito, dá-se este processo onde o objetivo principal é a busca do sentido para as questões trazidas e debatidas ao longo dos atendimentos, de modo que nesta reflexão a pessoa possa apropriar-se de seu modo de ser e ter instrumentos para levar sua vida da melhor forma para si.


Da responsabilidade do Psicólogo, segundo o disposto na resolução do N.º 010/00 de 20 de dezembro de 2000, do CFP (Conselho Federal de Psicologia), no artigo 1º: 


"Psicoterapia é prática do psicólogo por se constituir, técnica e conceitualmente, um processo científico de compreensão, análise e intervenção que se realiza através da aplicação sistematizada e controlada de métodos e técnicas psicológicas reconhecidos pela ciência, pela prática e pela ética profissional, promovendo a saúde mental e propiciando condições para o enfrentamento de conflitos e/ou transtornos psíquicos de indivíduos ou grupos."

sexta-feira, 7 de março de 2014

Estresse ou Stress


As pessoas podem apresentar sintomas relacionados ao estresse de forma diferenciada, pois a vulnerabilidade psicológica varia, de acordo com a estrutura psíquica de cada indivíduo. Além disso, segundo Jack Barchas, neuroquímico da Universidade de Stanford, “há um constante entrelaçamento dos sintomas de estresse. É como se fosse uma sinfonia de diferentes instrumentos musicais, tocando, porém a mesma música”. O papel do estresse em doenças clínicas, muitas vezes, não é claro. Muitos sintomas, da dor de cabeça às palpitações,  podem ser relacionados ao estresse, a uma doença física ou, freqüentemente a uma combinação de ambos. Da mesma forma, algumas vezes, um sintoma que surge num momento de grande estresse, como uma dor abdominal, pode eventualmente progredir para uma úlcera ou uma colite.
Estudos  científicos indicam que as pessoas adoecem  com mais freqüência quando estão estressadas. No caso de uma separação ou perda de emprego por exemplo, baixam as defesas de imunidade do indivíduo e ele pode,  mais facilmente, contrair doenças. Sabe-se que sete segundos após perceber a causa o indivíduo automaticamente se prepara para reagir fisicamente à situação: a  pressão sobe, o coração pulsa mais rápido, a respiração se torna mais pesada e rápida, os músculos se contraem e as mãos e pés se tornam frios e suados. Estas são, no entanto, naturais reações físicas que ocorrem espontaneamente. Porém, se forem mantidas por períodos prolongados ou freqüentes, o estresse tenderá a se tornar crônico e o indivíduo pagará  um preço bastante alto por essa adaptação biológica natural: pressão alta, derrame, infarto, enxaqueca, insônia e depressão são alguns dos problemas mais comuns que atualmente decorrem de seu nível de estresse.
Geralmente, os sintomas são um sinal de alerta para que a pessoa concentre sua energia para restabelecer o equilíbrio entre a mente e o corpo. Por esta razão, estar atento aos possíveis sintomas de estresse é uma atitude saudável e preventiva para todos aqueles que no atual contexto do mundo moderno estão sujeitos a situações estressantes. 
Entre os principais sintomas do estresse, destacam-se: sinais de cansaço, tristeza, dor de cabeça, grande agitação, constantes crises de tensão e angústia; diminuição da produtividade, isolamento, mau humor, medo, colite, sudorese intensa, irritação, incapacidade de domínio sobre as emoções, etc...
Em síntese, o estresse realmente existe e afeta sua vida, por isto fique atento aos sintomas, as reações orgânicas e psíquicas que anunciam problemas físicos e emocionais.
Fonte: Revista Veja. À beira de um ataque de nervos. nº 8, 26/02/97, p.95.