domingo, 16 de novembro de 2014

Redes Sociais: pesquisas apontam que uso em excesso pode causar depressão

"Uso excessivo de redes sociais pode causar depressão”. É o que afirma a pesquisa desenvolvida, em 2011, pela Academia Americana de Pediatria. O professor universitário W.Gabriel Oliveira, no entanto, alerta: "devemos destacar o termo excessivo”. Ele avalia que é necessário impor um limite, em especial entre adolescentes, mas que há benefícios nas redes sociais que também devem ser considerados, como a socialização e as mobilizações virtuais.

Os pesquisadores responsáveis pelo estudo o denominaram de ‘Depressão Facebook’, a qual atinge, especialmente, adolescentes que ficam horas do dia navegando nas redes sociais. De acordo com a pesquisa, o uso sem moderação poderia acarretar atos de cyberbullying, ansiedade social e isolamento severo. Nesse sentido, é essencial que os pais acompanhem a vida virtual dos filhos.
Na avaliação de W.Gabriel, a forte adesão de adolescentes às redes sociais reflete características próprias da juventude, como formação da identidade, necessidade de socialização e auto-afirmação. Ele relembra que, em épocas diferentes, outros interesses aglutinavam a juventude e também requeriam limites por parte dos responsáveis. "Na minha época era o celular, através das promoções, os adolescentes passavam madrugadas ao telefone”, relata.
Para o professor, as redes sociais diferenciam-se de outras mídias, tendo em vista as inúmeras possibilidades de interação. "Texto, vídeo, imagem, comentários formam um bombardeio de percepções, que nos deixam dependentes. Quero saber se alguém falou comigo, qual a opinião do outro, se foi publicado algo relacionado a mim”, enumera. Ele avalia que as identidades são reforçadas por meio das redes sociais, a partir da imagem que se deseja passar.
Segundo a pesquisa, os jovens que desenvolvem depressão, já manifestam tendência ao isolamento ou ansiedade e buscam na internet uma forma de interagir com outras pessoas. Quando essa relação não se estabelece, eles ficam deprimidos. O trabalho alerta para que os pais avaliem se o período dedicado aos relacionamentos virtuais não estão interferindo na construção de relacionamentos reais.
Gabriel Oliveira cita algumas ferramentas que podem colaborar no controle dos responsáveis, como o bloqueio de sites. Outra medida, a qual requer acordos entre pais e filhos, é a definição de horários para uso da internet. Os pesquisadores orientam que os adolescentes devem ter uma vida equilibrada, com responsabilidades escolares, atividades extras e tempo livre para lazer, que pode ser utilizado também para uso da internet.
Em relação aos sites de redes sociais, por sua vez, algumas medidas de segurança são adotadas, embora possam "ser burladas”, conforme prevê o professor W.Gabriel. Uma delas é a idade mínima para acesso, em alguns casos é de 13 anos, em outros só é permitido o acesso com maioridade, 18 anos. Por meio da política de ética do site, também são proibidos conteúdos pejorativos, impróprios, pornografia, os quais podem ser denunciados pelos usuários. No entanto, com uma média de 750 milhões de usuários, tal controle ainda é deficiente.

Autor: Camila Maciel
Fonte: Adital

quarta-feira, 9 de abril de 2014

O que são transtornos alimentares?

Aquilo que você come – ou deixa de comer – pode se tornar um caso médico. Hábitos alimentares são considerados doentios quando interferem na saúde física e mental, deteriorando até as relações pessoais e profissionais da pessoa.
As causas desses distúrbios são muitas: vão da predisposição genética ao esforço para se adequar a padrões estéticos estabelecidos por figuras famosas. Por envolver fatores tão variados, a própria definição de transtorno alimentar é objeto de discussão: os únicos que recebem essa classificação da Organização Mundial da Saúde são a anorexia e a bulimia.
Descritas desde o antigo Egito, essas doenças se tornaram muito mais comuns nas últimas décadas – fala-se inclusive em uma epidemia, gerada pelo culto ao corpo perfeito. Exageros à parte, essas síndromes afetam hoje cerca de 1% da população mundial, sobretudo mulheres adolescentes e jovens.
Apesar de terem em comum a preocupação com o corpo, existem diferenças fundamentais entre os dois distúrbios. “Meninas com anorexia têm uma grave distorção de sua auto-imagem, enxergando-se sempre muito mais gordas do que são”, diz o psiquiatra Fábio Salzano, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Na busca por emagrecer cada dia mais, elas simplesmente param de comer e viram esqueletos humanos. Para ser considerada anoréxica, é preciso ter um peso muito abaixo do estabelecido como saudável.
Já a distorção de imagem de uma bulímica é bem mais sutil. Elas não querem engordar, mas adoram comer. Têm ataques compulsivos seguidos de muita culpa, que procuram aliviar provocando vômito ou tomando laxantes e diuréticos. “As meninas bulímicas têm, necessariamente, peso normal ou acima do normal”, diz Alexandre Azevedo, também do HC paulistano.
Mas o universo dos desvios de comportamento envolvendo comida ultrapassa a bulimia e a anorexia. O cardápio de problemas vai da incapacidade de perceber quando o estômago está cheio até a fixação por alimentos exóticos. Os tratamentos variam de acordo com a doença, mas podem incluir remédios, psicoterapia e reeducação alimentar.

Fonte: http://super.abril.com.br/alimentacao/sao-transtornos-alimentares-446810.shtml

segunda-feira, 31 de março de 2014

Tudo o que você precisa saber sobre terapia de casal

Não existe hora certa para começar uma terapia de casal. O fundamental é reconhecer a insatisfação e evitar que as crises se tornem crônicas. "Se os problemas se arrastam há muito tempo, a taxa de sucesso diminui", diz Ailton Amélio da Silva, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), autor de Relacionamento Amoroso: Como Encontrar sua Metade Ideal e Cuidar Dela (Publifolha). Na opinião dele, muitos casais adiam por causa da resistência dos homens - vários têm preconceito e não pensam em consultar terceiros. Quem procura deve saber que o objetivo do tratamento não é evitar o divórcio: "A proposta é ajudar o casal a encontrar uma forma harmônica de se relacionar, mas não há mágica", explica Margarete Volpi, psicoterapeuta familiar e de casal especializada em sexualidade. Portanto, assim como existe a possibilidade de um salto qualitativo no relacionamento, nada impede que os envolvidos cheguem à conclusão de que serão mais felizes separados. Nesse caso, mesmo que a dor seja inevitável, é provável que o fim se mostre menos traumático, pois ambos puderam se expressar e refletir antes.
Quais as questões mais comuns no consultório? "Uns sofrem de tédio, outros estão cansados de tanta briga", revela Ailton. Para ele, "a briga, em si, não é ruim. A forma de brigar é que importa. Se há desrespeito, os envolvidos mal se ouvem e só querem atacar o outro, aí, sim, a briga é destrutiva e não leva a nada", alerta. As questões da comunicação e da sexualidade podem entrar em pauta e as fases de mudança - como a chegada dos filhos - testam os casais. "Muitas mulheres reclamam que o marido não assume responsabilidades com a casa e as crianças. Quando faz a parte dele, a relação melhora", diz o terapeuta. A infidelidade conjugal também leva muita gente ao consultório. Margarete conta que, certa vez, atendeu um casal que se dava muito bem na cama e fora dela até ambos descobrirem que já tinham sidos traídos pelo parceiro. Numa situação dessas, não cabe ao terapeuta impor uma "atitude certa" aos pacientes, e sim criar condições para que eles definam os próprios desejos e refaçam contratos. Segundo Margarete, custo e prazo da terapia variam muito, mas a média é de seis meses, com sessões semanais. Na capital paulista, o preço médio vai de 200 a 300 reais por sessão.

Fonte: http://claudia.abril.com.br/materia/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-terapia-de-casal-3930/?p=/amor-e-sexo/relacionamentos

sexta-feira, 28 de março de 2014

O que fazer quando a timidez vira doença

Você morre de vergonha de levantar a mão e fazer uma pergunta em sala de aula? Odeia ter de apresentar os resultados da empresa numa reunião da diretoria? Quando vai a uma festa, fica num canto e evita falar com desconhecidos? Na rua, abaixa os olhos ao passar por estranhos? Será que você é apenas tímido ou tem uma tremenda dificuldade de se relacionar e de se expor na frente dos outros? Como saber quando a timidez passa do ponto?

Um dos limites claros da timidez excessiva é uma condição conhecida como fobia social. Em casos extremos, a pessoa pode até passar mal numa situação em que se sente exposta ou avaliada publicamente. Para ela, dar uma aula, se manifestar numa reunião e até mesmo assinar um simples talão de cheque ou teclar a senha do cartão na frente de desconhecidos pode ser um verdadeiro martírio.

Sensações e sintomas como medo de errar, perda de controle, taquicardia, tremores, transpiração excessiva, tosse, falta de ar, tontura, enjoo, vômitos e até desmaios podem acontecer. Tudo isso é resultado de uma crise de ansiedade, desencadeada por uma resposta desproporcional diante de uma ameaça imaginária. É como se alguém se sentisse julgado ou criticado o tempo todo. Uma espécie de fantasia de que é uma farsa que será descoberta a qualquer momento. Como resultado, o fóbico social pode passar a evitar situações em que sabe que se sentirá exposto.

Não é incomum que seu desempenho na escola, na faculdade ou no emprego fique prejudicado, que ele evite festas e confraternizações e que deixe de fazer compras quando não está acompanhado. Essas são algumas de muitas outras limitações de que o fóbico social sofre.

Na tentativa de controlar ou reduzir a ansiedade, esse tipo de fobia pode levar ao abuso de álcool, maconha, cigarro ou calmantes. Sintomas depressivos e outros distúrbios de ansiedade podem, também, estar mais presentes na vida dos fóbicos sociais.

Em tempos de internet, muitos deles (como também os tímidos) podem passar horas na frente do computador, usando redes sociais para mediar seus contatos com os outros. O risco é a vida on-line ganhar o lugar dos contatos reais, já que a sensação de ser avaliado tende a diminuir do outro lado da tela.

É importante que pessoas que enfrentam as limitações que a fobia social impõe à vida procurem a ajuda de psiquiatras ou psicólogos. No tratamento, pode ser necessário o uso de medicamentos como antidepressivos, para o controle da ansiedade e de outros sintomas. A terapia pode modular a resposta à ansiedade, dar maior segurança e garantir um cotidiano mais tranquilo.


Autor: JAIRO BOUER

Fonte: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/jairo-bouer/noticia/2013/11/o-que-fazer-quando-btimidez-vira-doencab.html 

segunda-feira, 24 de março de 2014

A construção da carreira profissional na contemporaneidade.

Até bem pouco tempo, os jovens, ao escolherem sua futura profissão, acreditavam que teriam que escolher algo definitivo, para o resto de suas vidas e acertarem esta escolha. A ideia de acerto-erro, de vocação única, de que a escolha profissional é definitiva são mitos que perduraram até bem pouco tempo e que ainda pairam no imaginário de muitos jovens, dificultando a construção de sua carreira profissional.
 

Tais mitos se relacionam a uma visão de carreira já ultrapassada, que considerava a carreira como uma estrutura pré-determinada, previsível, estável, linear. O gerenciamento da carreira dependia basicamente do empregador, da empresa; a carreira era vista como um produto. Na atualidade esta visão mudou. A carreira nos dias de hoje está constantemente sujeita a mudanças, transições, rupturas, instabilidade, o que exige do indivíduo muita flexibilidade e adaptabilidade. A carreira é um processo, uma estrutura em construção permanente, e cabe ao indivíduo  gerenciá-la  (Ribeiro, 2009, 2011).  

Como ajudar os jovens a construírem seu projeto profissional na conjuntura atual? Como assessorá-los no gerenciamento de sua carreira? É primordial que o indivíduo  conheça o mais amplamente possível suas características, forças e fraquezas, interesses, competências, valores, conflitos e expectativas relacionados à sua vida profissional e pessoal. É necessário também conhecer a realidade atual do mundo do trabalho, novas profissões/ocupações, a interface entre várias delas, as exigências do mercado de trabalho na contemporaneidade. A partir da ampliação destes conhecimentos ele terá condições de perceber que existem muitos caminhos e possibilidades para a sua trajetória profissional e que em vários deles ele poderá se realizar e ser feliz. Saber tomar decisões também é muito importante. Estabelecer e analisar critérios facilita a tomada de decisões assertivas (Neiva, 2013). A construção e gerenciamento da carreira profissional exige uma revisão constante de si mesmo, das motivações, objetivos e metas, não só relacionados à vida profissional, mas também às outras áreas da vida.
 

Portanto, é recomendável que as pessoas cuidem devidamente de suas carreiras e busquem ajuda para esta tarefa, quando necessário. Serviços de Orientação Profissional, Orientação de Carreira, Coaching estão disponíveis no mercado e seus resultados geram crescimento e amadurecimento para a tomada de decisões profissionais.
 
O bem estar profissional é responsabilidade de cada um de nós e ele contribui para a nossa saúde e qualidade de vida.
 
Autora: Kathia Maria Costa Neiva 

Link: http://www.vetoreditora.com.br/noticia_detalhe.asp?idJetinfo=7733

quarta-feira, 19 de março de 2014

O que é transtorno bipolar?


O Transtorno Bipolar (TB) é caracterizado por alterações de humor que se manifestam como episódios depressivos alternando-se com episódios de euforia (também denominados de mania), em diversos graus de intensidade. É uma condição médica freqüente. O TB tipo I, que se caracteriza pela presença de episódios de depressão e de mania, ocorre em cerca de 1% da população geral. Considerando-se os quadros mais brandos do que hoje se denomina “espectro bipolar”, como o Transtorno Bipolar tipo II (caracterizado pela alternância de depressão e episódios mais leves de euforia - hipomania), a prevalência pode chegar a até 8% da população. Assim, estima-se que cerca de 1,8 a 15 milhões de brasileiros sejam portadores do TB, nas suas diferentes formas de apresentação.
A base genética do TB é bem estabelecida: 50% dos portadores apresentam pelo menos um familiar afetado, e filhos de portadores apresentam risco aumentado de apresentar a doença, quando comparados com a população geral.
O TB acarreta incapacitação e grave sofrimento para os portadores e suas famílias. Dados da Organização Mundial de Saúde, ainda na década de 1990, evidenciaram que o TB foi a sexta maior causa de incapacitação no mundo. Estimativas indicam que um portador que desenvolve os sintomas da doença aos 20 anos de idade, por exemplo, pode perder 9 anos de vida e 14 anos de produtividade profissional, se não tratado adequadamente.
A mortalidade dos portadores de TB é elevada, e o suicídio é a causa mais freqüente de morte, principalmente entre os jovens. Estima-se que até 50% dos portadores tentem o suicídio ao menos uma vez em suas vidas e 15% efetivamente o cometem. Também doenças clínicas como obesidade, diabetes, e problemas cardiovasculares são mais freqüentes entre portadores de Transtorno Bipolar do que na população geral. A associação com a dependência de álcool e drogas não apenas é comum (41% de dependência de álcool e 12% de dependência de alguma droga ilícita), como agrava o curso e o prognóstico do TB, piora a adesão ao tratamento e aumenta em duas vezes o risco de suicídio.
O início dos sintomas na infância e na adolescência é cada vez mais descrito e, em função de peculiaridades na apresentação clínica, o diagnóstico é difícil. Não raramente as crianças recebem outros diagnósticos, o que retarda a instalação de um tratamento adequado. Isso tem conseqüências devastadoras, pois o comportamento suicida pode ocorrer em 25% dos adolescentes portadores de TB.
O tratamento adequado do TB reduz a incapacitação e a mortalidade dos portadores. Em linhas gerais, inclui necessariamente a prescrição de um ou mais estabilizadores do humor em associação (carbonato de lítio, ácido valpróico/valproato de sódio/divalproato de sódio, lamotrigina, carbamazepina, oxcarbazepina). A associação de antidepressivos (de diferentes classes) e de antipsicóticos (em especial os de segunda geração como risperidona, olanzapina, quetiapina, ziprasidona, aripiprazol) pode ser necessária para o controle de episódios de depressão e de mania. 

Fonte: http://www.abtb.org.br

terça-feira, 18 de março de 2014

O que é o TOC e quais são os seus sintomas

Medos exagerados de se contaminar, lavar as mãos a todo o momento, revisar diversas vezes a porta, o fogão ou o gás ao sair de casa, não usar roupas vermelhas ou pretas, não passar em certos lugares com receio de que algo ruim possa acontecer depois, ficar aflito por que as roupas não estão bem arrumadas no guarda-roupa, ou os objetos não estão exatamente no lugar em que deveriam estar, são alguns exemplos de sintomas característicos  de  um transtorno: o transtorno obsessivo-compulsivo ou TOC e que são popularmente conhecidos como "manias" (de limpeza, de verificar as portas, de arrumação).

O que é o TOC

O TOC é um transtorno mental caracterizado pela presença de obsessões, compulsões ou ambas. As obsessões são pensamentos, impulsos ou imagens indesejáveis e involuntários, que invadem a consciência causando acentuada ansiedade ou desconforto e obrigando o indivíduo a executar rituais ou compulsões que são atos físicos ou mentais realizados em resposta às obsessões, com a intenção de afastar ameaças (contaminação, a casa incendiar), prevenir possíveis falhas ou simplesmente aliviar um desconforto físico. No TOC os indivíduos procuram ainda evitar o contado com determinados lugares (por exemplo, banheiros públicos, hospitais, cemitérios), objetos que outras pessoas tocam (dinheiro, telefone público, maçanetas) ou até mesmo pessoas (mendigos, pessoas com algum ferimento) como forma de obter alívio dos seus medos e preocupações. São as evitações.

Os sintomas do TOC

Uma das características intrigantes do TOC é a diversidade dos seus sintomas (medos de contaminação/lavagens, dúvidas excessivas seguidas de verificações, preocupação exagerada com ordem/simetria ou exatidão, pensamentos de conteúdo inaceitável (violência, sexuais, ou blasfemos), compulsão por armazenar objetos sem utilidade e dificuldade em descarta-los - ou colecionismo). Um mesmo indivíduo pode apresentar uma diversidade de sintomas, embora geralmente exista um que predomine.

O diagnóstico do TOC

Para  que seja estabelecido o diagnóstico de TOC é necessário que as obsessões ou compulsões consumam um tempo razoável (por exemplo, tomam mais de uma hora por dia) ou causem desconforto clinicamente significativo, ou comprometam a vida social, ocupacional, acadêmica ou outras áreas importantes do funcionamento do indivíduo. Os sintomas obsessivo-compulsivos não podem ser atribuídos ao efeito fisiológico direto de uma substancia (p.ex. droga de abuso ou a uma medicação) ou a outra condição médica como doenças psiquiátricas, que também podem ter entre seus sintomas - obsessões e ou compulsões (por exemplo: dependência a drogas, comer compulsivo, jogo patológico). As obsessões e compulsões também  não podem ser consequência de doenças neurológicas.

Epidemiologia

Considerado raro até a pouco tempo, o TOC é um transtorno mental bastante comum, acometendo aproximadamente um em cada 40  a 60 indivíduos ou ao redor de 2,5% das pessoas ao longo da vida, ou ao redor de 1% em determinado momento. No Brasil, é provável que existam ao redor de 2 milhões de indivíduos com o transtorno. Seu início em geral é na adolescência mas, não raro, na infância. Os sintomas podem ser de intensidade leve, mas não raro são muito graves e até incapacitantes. O TOC tende a ser crônico, com os sintomas crescendo ou diminuindo de intensidade ao longo do tempo. Se não tratado pode acompanhar o indivíduo ao longo de toda a sua vida, pois raramente melhora espontaneamente.

Fonte: http://www.ufrgs.br